Outono Lentamente vou me afastando de você como as folhas no outono que se desprendem da árvore. Quando desço as escadas da memória e chamo seu nome por um breve momento ainda consigo te ver. Talvez eu estivesse evitando isso o tempo todo, quando cai a chuva seu cheiro vem até mim. Vou deixá-lo desaparecer, não vou impedí-lo de ir embora soltar sua mão e me afastar lentamente de você. S.R.Messa
Quando as luzes da cidade se apagam, o céu escuro desaba em um mar de estrelas que brilham. Contemplando, não há como evitar as lágrimas caindo, meus lábios tremem. Quando tudo isso vai acabar? Essa distância vai existir até quando? Eu grito seu nome, mas não tenho retorno. Me desespero, o pânico me arrasta como um tornado. Tudo acaba fora do lugar, destroços e arrependimento, é tudo que sobrou. Ainda pode me salvar? Pode vir com uma estrela cadente rasgando o céu escuro. Trazendo de volta à vida a minha pobre existência. Ainda pode me salvar? S.R.Messa
Singularidade Quando as luzes da cidade se apagam, o céu parece uma flor se desabrochando. O que estava oculto se revela, completo, complexo e funcional. Me sinto tão pequena, insignificante e ao mesmo tempo distorcida. Nada faz sentido, minha mente brinca como a luz sendo sugada pela imensidão do vazio. Tento encontrar meu norte, mas percebo que não há como saber para onde estou indo. Angustiada e com medo daquilo que não se pode controlar, sinto falta do bater suave do coração. Contemplar o desconhecido que está além do que posso tocar e olhar para dentro de mim, são dois sentimentos parecidos e perturbadores ao mesmo tempo. Poderia ficar a eternidade parada, apenas te contemplando. S.R.Messa
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