Capítulo 3




 Singularidade


Quando as luzes da cidade se apagam, o céu parece uma flor se desabrochando.

O que estava oculto se revela, completo, complexo e funcional.

Me sinto tão pequena, insignificante e ao mesmo tempo distorcida.

Nada faz sentido, minha mente brinca como a luz sendo sugada pela imensidão do vazio.

Tento encontrar meu norte, mas percebo que não há como saber para onde estou indo.

Angustiada e com medo daquilo que não se pode controlar, sinto falta do bater suave do coração.

Contemplar o desconhecido que está além do que posso tocar e olhar para dentro de mim, são dois sentimentos parecidos e perturbadores ao mesmo tempo.

Poderia ficar a eternidade parada, apenas te contemplando.


S.R.Messa

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